Ainda me lembro das madrugadas que eu ao invés de estar em casa dormindo estava sentada em mesas de bares e seresta, com a cabeça encostada na mesa, dormindo ali mesmo na maioria das vezes.
Acho que isso acontece com algumas dezenas de crianças de filhas de mães egoístas.
Minha mãe é egoísta, acho que poucas vezes ela pensou em mim ... Até mesmo por tudo que já ouvi e vi sobre ela.
Hoje estava me lembrando de algumas coisas que passei na minha infância e com um nó na garganta e lágrimas nos olhos resolvi vir aqui vomitar.
Lembro na escola, com uns 6 anos que algumas crinaças da minha sala não queriam brincar comigo e na maioria das vezes eu ficava ali no canto , sentada sozinha. Lembrando das brigas que minha mãe tinha com meu pai e tentava entender sem ao menos saber sobre o que elas eram.
Me lembro como se fosse hoje de um domingo que ele veio me chamar p ir ao clube, e eu achando que ele ia me esquecer lá, não quis ir. Ela dizia o tempo todo que ele era um irresponsável e eu com medo não fui.
Ele perguntava pra ela por que eu não queria ir. Ela não sabia responder.
Foi uma das poucas oportunidades que eu poderia ter aproveitado com meu pai, que pouco depois veio a falecer.
Ainda me lembro da sensação que de peso que eu tinha quando a minha madrinha mandava eu perguntar para minha mãe se eu ia dormir lá. Eu ficava lá e ela ia sair.
Quando chegava na segunda na escola, a novidade que eu tinha para contar era as festas que eu inventava que fui, os filmes que eu assisti .. tudo só na minha pequena imaginação.
Os meninos me batiam, me chamavam de bola, pobre e outros adjetivos bem legais! A professora me chamava de chata. Minha mãe de mentirosa. Eu chorava.
Nunca fui no Cristo, nem no arpoador, no zoologico só fui no no normal, com 17 anos. no cinema com 11.
Mas sabia o nome das cervejas e dos cigarros, cantava músicas que tocavam na ceresta que a minha mãe ia, e na maioria eu estava.
Com 11 anos eu sofri um dos piores atentados que uma criança pode aguentar. Eram bolinhas de cuspe, socos, ofensas, apelidos. Os professores fingiam que não viam. Eu não tinha pra quem contar, pra quem chorar. Chorava sozinha , escondida no escuro . As vezes no banho. Cheguei a quebrar o dente com um empurrão que eu levei. Quando me olhei no espelho a primeira coisa que eu pensei foi que o menino que eu gostava nunca ia gostar de mim sem dente. Aí então eu chorei. Minha mãe me culpou, perguntou o que eu estava fazendo em pé. Não quis nem saber se alguém me bateu.
Eu fugia todo dia mais cedo da escola, os meninos vinham atras de mim pra me bater na rua e eu não podia contar com ninguém pra me defender, era eu e eu . Ninguém acreditava em mim mesmo. Dava voltas nas ruas do bairro pra despistar. Era o que eu podia fazer para não apanhar. No caminho eu conversava com os meus amigos, os imaginários .
Com o tempo o tormento foi diminuindo , e eu conheci alguns amigos de verdade... meu medo foi passando.. eu tive que amadurecer sozinha.
Aos 17 começou denovo. Dessa vez no normal. Não apanhava, mas era como se fosse.
Acordava todos os dias com medo de sair e ouvir tudo aquilo que eu não queria.
Gorda, baleia, encalhada, chata...
Eu chorava, sozinha. As pessoas diziam que o problema era comigo. E era mesmo... eu era o problema.. sempre fui...Mais uma vez tive que me virar sozinha... implorei para que parassem. Elas pararam.
Mas o problema mesmo nunca se resolveu. Ele fica aqui dentro, dormindo... Com alguns gritos e ele acorda.
Eu choro.
Escrevo aqui para poder colocar pra fora, tudo que estava pensando , tudo que estava doendo.
É a sensação de enjoo que passa depois que você vomita sabe ?
Depois de escutar um monte de besteira a noite toda, vim aqui vomitar..
Ao som de firgie- Big Gilrs Don't Cry
http://www.youtube.com/watch?v=Md8-Kq6bgvs
Acho que isso acontece com algumas dezenas de crianças de filhas de mães egoístas.
Minha mãe é egoísta, acho que poucas vezes ela pensou em mim ... Até mesmo por tudo que já ouvi e vi sobre ela.
Hoje estava me lembrando de algumas coisas que passei na minha infância e com um nó na garganta e lágrimas nos olhos resolvi vir aqui vomitar.
Lembro na escola, com uns 6 anos que algumas crinaças da minha sala não queriam brincar comigo e na maioria das vezes eu ficava ali no canto , sentada sozinha. Lembrando das brigas que minha mãe tinha com meu pai e tentava entender sem ao menos saber sobre o que elas eram.
Me lembro como se fosse hoje de um domingo que ele veio me chamar p ir ao clube, e eu achando que ele ia me esquecer lá, não quis ir. Ela dizia o tempo todo que ele era um irresponsável e eu com medo não fui.
Ele perguntava pra ela por que eu não queria ir. Ela não sabia responder.
Foi uma das poucas oportunidades que eu poderia ter aproveitado com meu pai, que pouco depois veio a falecer.
Ainda me lembro da sensação que de peso que eu tinha quando a minha madrinha mandava eu perguntar para minha mãe se eu ia dormir lá. Eu ficava lá e ela ia sair.
Quando chegava na segunda na escola, a novidade que eu tinha para contar era as festas que eu inventava que fui, os filmes que eu assisti .. tudo só na minha pequena imaginação.
Os meninos me batiam, me chamavam de bola, pobre e outros adjetivos bem legais! A professora me chamava de chata. Minha mãe de mentirosa. Eu chorava.
Nunca fui no Cristo, nem no arpoador, no zoologico só fui no no normal, com 17 anos. no cinema com 11.
Mas sabia o nome das cervejas e dos cigarros, cantava músicas que tocavam na ceresta que a minha mãe ia, e na maioria eu estava.
Com 11 anos eu sofri um dos piores atentados que uma criança pode aguentar. Eram bolinhas de cuspe, socos, ofensas, apelidos. Os professores fingiam que não viam. Eu não tinha pra quem contar, pra quem chorar. Chorava sozinha , escondida no escuro . As vezes no banho. Cheguei a quebrar o dente com um empurrão que eu levei. Quando me olhei no espelho a primeira coisa que eu pensei foi que o menino que eu gostava nunca ia gostar de mim sem dente. Aí então eu chorei. Minha mãe me culpou, perguntou o que eu estava fazendo em pé. Não quis nem saber se alguém me bateu.
Eu fugia todo dia mais cedo da escola, os meninos vinham atras de mim pra me bater na rua e eu não podia contar com ninguém pra me defender, era eu e eu . Ninguém acreditava em mim mesmo. Dava voltas nas ruas do bairro pra despistar. Era o que eu podia fazer para não apanhar. No caminho eu conversava com os meus amigos, os imaginários .
Com o tempo o tormento foi diminuindo , e eu conheci alguns amigos de verdade... meu medo foi passando.. eu tive que amadurecer sozinha.
Aos 17 começou denovo. Dessa vez no normal. Não apanhava, mas era como se fosse.
Acordava todos os dias com medo de sair e ouvir tudo aquilo que eu não queria.
Gorda, baleia, encalhada, chata...
Eu chorava, sozinha. As pessoas diziam que o problema era comigo. E era mesmo... eu era o problema.. sempre fui...Mais uma vez tive que me virar sozinha... implorei para que parassem. Elas pararam.
Mas o problema mesmo nunca se resolveu. Ele fica aqui dentro, dormindo... Com alguns gritos e ele acorda.
Eu choro.
Escrevo aqui para poder colocar pra fora, tudo que estava pensando , tudo que estava doendo.
É a sensação de enjoo que passa depois que você vomita sabe ?
Depois de escutar um monte de besteira a noite toda, vim aqui vomitar..
Ao som de firgie- Big Gilrs Don't Cry
http://www.youtube.com/watch?v=Md8-Kq6bgvs
5 comentários:
amiga,Passei alguns desses traumas junto com você lembra? Na escola? Eu sempre te defendi e sempre vou defender, sei que não posso tirar essas mágoas que você tem. Mas você sabe que eu te amo da maneira que você é. Não importa para mim a sua aparência, porque para mim o que importa é dentro de você, a sua amizade, suas palavras de carinho e de sabedoria, seu amor e seu carinho. Você sabe que pode sempre contar comigo para o que for, eu te amo de verdade, minha amizade por você é verdadeira. são 7 anos que tenho você aqui comigo. Eu te amo muito e pode sempre contar comigo s2
BY ANDRESSA BARROS
Tenho uma música perfeita para você ouvir. "Cura-me da Cantora Fernanda Brum. Tenho certeza de que vai te ajudar a se livrar de alguns sentimentos... tem um trechinho que diz: "com imagens infância comecei a chorar, caí na caixa das lembranças, lembrei do teu olhar...".
Enfim. Eu sei exatamente o que é passar por isso, mas sei que a dor que vc sente não é algo que possa se explicar. é só sua, e só vc sabe o quanto dói. Deus sabe.
é amor ..td isso passei igualzinho a vc !! infelizmente nós duas viemos de uma família desestruturada ,onde o maior problema nela é a mãe que temos ..por sorte não temos problemas maiores ,ou vc acha que minha depressão veio a calhar pq?..graças a Deus eu consegui me livrar desse problema a tempo..desabafando com terapias ..hj era pra ser uma pessoa traumatizada como vc ainda é ..mas tenha certeza que o que pra ela nao serve ,e nao serve pra algumas pessoas que pouco nos entendem ,serve pra DEus ..ele sim nos ama ,ele sim é nosso esteio ,ao olhos de Deus nos somos lindas ,maravilhosas,e sempre temos de dar o melhor de nós ,pra que possamos crescer ..seja mais sempre ,mas pra vc mesma ! irmã te amo muito !!! vc é linda ..amiga ,carinhosa ,atenciosa ,minha chata preferida !!!
Vocês são uns Fofos ♥
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